Por: Randler Michel
A jornada profunda nos aguarda ao desvendarmos os Arcanos XV, XVI e XVII do Tarot Rider-Waite sob a lente da psicologia junguiana! Prepare-se para mergulhar nas camadas mais obscuras e luminosas da sua psique.
Arcano XV: O Diabo - As Correntes da Sombra e dos Desejos Reprimidos.
Ao contemplarmos a figura imponente do Diabo, com seus chifres, asas de morcego e o olhar fixo, somos confrontados com a nossa Sombra. Na psicologia junguiana, a Sombra representa o lado obscuro da nossa personalidade, o depósito de características que rejeitamos, reprimimos e consideramos inaceitáveis para a nossa Persona – a máscara social que apresentamos ao mundo.
As figuras acorrentadas ao pedestal do Diabo não são suas vítimas indefesas, mas sim representações de como nós mesmos nos aprisionamos através de nossos desejos não reconhecidos e medos inconscientes. As correntes frouxas sugerem que a liberdade é possível, mas a ilusão da impotência nos mantém presos.
Este arcano escancara a influência do nosso Inconsciente Pessoal, onde residem as experiências reprimidas, os impulsos instintivos e os desejos que evitamos confrontar. O Diabo nos convida a reconhecer esses aspectos sombrios, não para nos entregarmos a eles, mas para integrá-los à nossa totalidade. Ignorar a Sombra é dar-lhe poder sobre nós, manifestando-se de formas destrutivas e compulsivas.
Os desejos reprimidos, muitas vezes ligados a necessidades básicas, poder, sexualidade ou ambição, quando negados, podem se transformar em obsessões e vícios, as correntes que nos aprisionam. O Diabo nos desafia a olhar para esses desejos com honestidade, compreendendo sua origem e encontrando formas saudáveis de expressão, em vez de deixá-los nos controlar sorrateiramente.
Arcano XVI: A Torre - A Ruptura da Persona e a Erupção do Inconsciente. Após o confronto com a Sombra, surge a Torre, um raio inclemente atingindo uma estrutura aparentemente sólida, fazendo ruir suas defesas. Este arcano simboliza a quebra abrupta de padrões rígidos, crenças ilusórias e estruturas de vida que já não servem ao nosso crescimento. É o momento em que a Persona, construída sobre bases instáveis ou falsas premissas, é inevitavelmente desmantelada.
A queda das figuras da Torre representa a perda do controle consciente, a irrupção do conteúdo do Inconsciente Pessoal que foi por muito tempo negligenciado ou reprimido. Essa experiência pode ser dolorosa e caótica, trazendo à tona medos, traumas e verdades desconfortáveis.
A Torre não é um evento puramente destrutivo, mas sim um ato necessário de libertação. A energia poderosa que a destrói é a força vital que busca a autenticidade e a individuação. Ao permitir que as velhas estruturas se desmoronem, abrimos espaço para a construção de uma base mais sólida e alinhada com o nosso Self – o centro da nossa totalidade psíquica.
A sensação de perda e desorientação durante a experiência da Torre é um chamado para confrontar as ilusões que nos mantinham presos. É um convite a abandonar a fachada da Persona e a reconhecer a verdade mais profunda sobre nós mesmos, mesmo que seja desconcertante no início.
Arcano XVII: A Estrela - A Reintegração e a Promessa de Esperança.
Após a devastação da Torre, surge a beleza serena da Estrela. Uma figura nua, vulnerável, derrama água em um lago e na terra, simbolizando a cura, a renovação e a conexão com o nosso ser mais essencial. Este arcano representa o processo de reintegração após a confrontação com a Sombra e a queda das ilusões.
A nudez da figura indica a perda da Persona, a exposição da autenticidade que emerge após a destruição das defesas. A água que flui representa a purificação emocional e a liberação das energias reprimidas do Inconsciente Pessoal. O ato de nutrir a terra com essa água simboliza a integração dessas energias na nossa vida consciente, fertilizando o terreno para um novo crescimento.
As sete estrelas menores representam os sete chakras ou centros de energia do corpo, alinhados e harmonizados após o processo de transformação. A estrela maior, mais brilhante, simboliza o nosso Self, a essência da nossa individualidade que guia o processo de individuação.
A queda das figuras da Torre representa a perda do controle consciente, a irrupção do conteúdo do Inconsciente Pessoal que foi por muito tempo negligenciado ou reprimido. Essa experiência pode ser dolorosa e caótica, trazendo à tona medos, traumas e verdades desconfortáveis.
A Torre não é um evento puramente destrutivo, mas sim um ato necessário de libertação. A energia poderosa que a destrói é a força vital que busca a autenticidade e a individuação. Ao permitir que as velhas estruturas se desmoronem, abrimos espaço para a construção de uma base mais sólida e alinhada com o nosso Self – o centro da nossa totalidade psíquica.
A sensação de perda e desorientação durante a experiência da Torre é um chamado para confrontar as ilusões que nos mantinham presos. É um convite a abandonar a fachada da Persona e a reconhecer a verdade mais profunda sobre nós mesmos, mesmo que seja desconcertante no início.
Arcano XVII: A Estrela - A Reintegração e a Promessa de Esperança.
Após a devastação da Torre, surge a beleza serena da Estrela. Uma figura nua, vulnerável, derrama água em um lago e na terra, simbolizando a cura, a renovação e a conexão com o nosso ser mais essencial. Este arcano representa o processo de reintegração após a confrontação com a Sombra e a queda das ilusões.
A nudez da figura indica a perda da Persona, a exposição da autenticidade que emerge após a destruição das defesas. A água que flui representa a purificação emocional e a liberação das energias reprimidas do Inconsciente Pessoal. O ato de nutrir a terra com essa água simboliza a integração dessas energias na nossa vida consciente, fertilizando o terreno para um novo crescimento.
As sete estrelas menores representam os sete chakras ou centros de energia do corpo, alinhados e harmonizados após o processo de transformação. A estrela maior, mais brilhante, simboliza o nosso Self, a essência da nossa individualidade que guia o processo de individuação.
A Estrela traz consigo uma profunda sensação de esperança e fé no futuro. Após a turbulência da Torre, encontramos a paz interior e a clareza de propósito. A vulnerabilidade aceita se torna uma fonte de força, e a conexão com o nosso Inconsciente se transforma em intuição e sabedoria. Este arcano nos lembra que, mesmo após os momentos mais sombrios, a luz da esperança e da renovação sempre brilhará.
Em suma, a sequência do Diabo, da Torre e da Estrela no Tarot Rider-Waite nos oferece uma poderosa jornada de autoconhecimento e transformação. Ao confrontarmos nossa Sombra (Diabo), permitirmos a quebra das nossas ilusões (Torre) e nos abrirmos à cura e à esperança (Estrela), trilhamos o caminho da individuação, integrando as profundezas do nosso inconsciente e manifestando a nossa verdadeira essência no mundo.
Em suma, a sequência do Diabo, da Torre e da Estrela no Tarot Rider-Waite nos oferece uma poderosa jornada de autoconhecimento e transformação. Ao confrontarmos nossa Sombra (Diabo), permitirmos a quebra das nossas ilusões (Torre) e nos abrirmos à cura e à esperança (Estrela), trilhamos o caminho da individuação, integrando as profundezas do nosso inconsciente e manifestando a nossa verdadeira essência no mundo.
Randler Michel. Frater Rosacruz AMORC desde 1993, Pesquisador e estudioso do tarô e astrologia. Formação acadêmica diversificada , andragogia, psicanálise clínica, psicoterapeuta e terapeuta integrativo.
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