quinta-feira, 4 de setembro de 2008

ASTROLOGIA:O ESTUDO DE SUAS INFLUÊNCIAS

Harmonia e Desarmonia no Matrimónio e nas Sociedades
Por: Francisco Marques Rodrigues FRC

Desde tempos que se perderam na memória dos povos, foi notada uma influência nítida dos corpos celestes sobre os seres humanos quando os luminares (Sol e Lua) estavam em conjunção, quer dizer, um atrás do outro em relação à Terra, ou seja na Lua Nova, nos, os animais, as plantas e os minérios; mas não foi possível estabelecer com precisão, até aos nossos dias, as bases sólidas e toda a extensão dessas influências, nem os meios de as investigar convenientemente. No que se refere aos seres humanos, há-de ser mesmo bastante difícil atingir essa perfeição, visto que, para nós, as influências são algo modificadas pelas nossas condições evolutivas. Por isso Paracelso, famoso médico e Adepto Rosacruz, afirmou: "Os astros inclinam, mas não obrigam".
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O estudo da Astrologia abre novos horizontes para nós. E se a estudamos com honestidade acharemos meios seguros de adiantar a nossa evolução, porque ela nos diz o que fomos em vidas anteriores e portanto o que necessitamos ser no presente e para o futuro.
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Até ao século dezassete
1 ninguém podia matricular-se nas cadeiras de medicina sem primeiramente acabar o estudo da Astrologia.
O médico, diante de certas doenças, não pode acertar no diagnóstico; mas se soubesse Astrologia, depressa descobriria o mal e até a razão das dificuldades em determinar a localização da enfermidade.
Mas a classe médica não quer ocupar-se de coisas que não sejam consideradas ciência oficial e muitas vezes opõe-se inovações, só para se libertarem do incómodo de as estudar. A Astrologia não é uma inovação, visto ser tão antiga que não se lhe conhece a origem. Mas exige esforços, paciência, tempo e boa vontade. Depois, a Astrologia foi desacreditada, de há muito, por inexperientes praticantes que ousadamente lançaram em público vaticínios que não se realizaram, e por charlatães que se apossaram de alguns resquícios desta ciência espiritual para montarem sujos negócios com os quais iludem e atormentam almas simples que em tudo acreditam.
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Não foi bom que a Astrologia caísse no domínio público; isto trouxe-lhe descrédito e o consequente abandono. A principal culpa deste acontecimento deve-se aos Romanos, e aos cristãos do V século por diante, que foram incansáveis na perseguição às organizações iniciáticas, destruindo-as e chacinando os seus chefes e dispersando os aderentes que lhes pareciam mais inofensivos.
Todavia, a Igreja Católica Apostólica Romana teve, entre os seus grandes luminares e santos, muitos cultores da Astrologia, e nunca a Inquisição perseguiu esta ciência. Das influências planetárias e dos signos do Zodíaco resultaram sempre fenómenos que deram origem a usos e costumes que ficaram impressos no subconsciente da Humanidade e que explicam muitas práticas hoje consideradas superstições. Assim, da harmonia de certos metais como as emanações de certos planetas, resultou o uso de metais em contacto com o corpo, e até de pedras: os amuletos; nos templos eram empregados certos metais e pedras preciosas; o mesmo costume vemos, ainda, em algumas religiões do nosso tempo, e particularmente no catolicismo Romano. Nesta religião, as medalhas metálicas não obedecem ao conhecimento antigo, mas vieram substituir os talismãs dos tempos antigos. Em vez de se atribuir ao metal uma influência dada por determinado planeta, atribui-se-lhe uma virtude que deve ser concedida pela imagem esculpida na medalha; e para substituir os amuletos há os escapulários.
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De facto, a experiência mostra-nos que as pessoas nascidas no momento da Lua Nova trazem um Destino particularmente severo; mas falta-nos saber se o som dos caldeiros de cobre, metal de Vénus, pode ter alguma influência benéfica ou moderadora em tais destinos.
Porém, recordando o uso das campainhas, das sinetas e dos sinos, que fazem parte da liturgia Católica Romana, para onde transitaram de religiões anteriores, somos levados a crer que, de facto, se admitia que os metais, por meio das suas vibrações, prestavam alguma ajuda ao homem.
Ouvimos repicar festivamente os sinos por ocasião do baptizado, da primeira comunhão, do matrimónio e de festas solenes; e quando morre algum dos fiéis, dobram os sinos lugubremente, violentamente, como que num acto desesperado com que se procura afastar qualquer coisa prejudicial. Inquirindo dos clérigos sobre a razão de tais práticas, não sabem responder, porque não foram iniciados neste mistério... Na missa, por ocasião da comunhão do sacerdote, toca sempre uma campainha, quer dizer, um sino em miniatura, como que para afugentar qualquer coisa que está presente, e que deve ser afastada nessa altura.
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A música exerce sobre nós uma influência profunda; e a música consiste num encadeamento de sons, de vibrações, muitos dos quais são provocados em instrumentos metálicos, o que nos indica a possibilidade de sermos influenciados pelos corpos celestes e também pelos metais e, consequentemente, de haver uma influência recíproca entre as pessoas, num sentido bom ou mau, harmoniosa ou maleficamente.
Os antigos dividiram a elíptica em doze partes iguais, cada uma com trinta graus. Nesse tempo, as constelações do Zodíaco estavam na elíptica e, por esse motivo, ainda hoje designamos as doze divisões do espaço por onde passam o Sol e os planetas pelos nomes das constelações zodiacais. Atribui-se a cada uma delas uma influência que confere aos que nascem quando essa parte do céu está no horizonte oriental determinadas características. Foram mais longe ainda: dividiram os signos pelos quatro elementos – fogo, ar, terra, água –, fixando assim quatro tipos ou temperamentos. Depois, explicaram as razões profundas por que somos todos diferentes no modo de ser, de sentir, de actuar; as harmonias e as desarmonias; como devíamos buscar os nossos cooperadores e como devemos evitar os que não suportam as nossas vibrações, bem como nós não suportaremos as suas; enfim, procuraram explicar os motivos porque nos desentendemos e assim aumentamos a nossa infelicidade; deram-nos meios pelos quais podemos viver em paz e deixar em paz os que não pertencem ao nosso tipo. E assim nos prestaram inestimável serviço.
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O signo Ascendente, quer dizer, o que estava no ponto onde nasce o Sol no momento do nosso nascimento, indicará a nossa vibração característica, o nosso ritmo vital; devemos escolher para o nosso convívio, para as nossas sociedades, e para o matrimónio em primeiro lugar, as pessoas com o mesmo Ascendente, ou Ascendente da mesma natureza ou de vibração afim. São afins: os signos de fogo e os signos de ar; os signos de terra e os signos de água. Portanto, quem nasceu com um signo de fogo no Ascendente, deve escolher os seus cooperadores ou companheiro de matrimónio pessoas com signos de fogo no Ascendente, ou então com signos de ar, pois assim como não pode haver fogo, chama, sem o ar, por ser este elemento o detentor do oxigénio que alimenta a chama, assim as pessoas com signos de ar e de fogo harmonizam, pois as vibrações destes elementos são afins.
Se nascemos com um signo de terra no Ascendente, devemos fazer a nossa escolha entre pessoas com signos de terra ou com signos de água no Ascendente, porque as vibrações destes signos são afins, e tudo irá bem entre eles.
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Nas sociedades, com bons aspectos e bem colocado, dará impulso criador; mal configurado tende a provocar desordem, impulsividade, agressividade.
Com Mercúrio devemos ter muita atenção também. Na antiguidade, este planeta era tido como deus dos ladrões. Mais tarde passou a ser o deus dos traficantes, hoje chamados comerciantes, que levam sempre um pouco do que vendem e por via de regra excedem também os preços legítimos – se o podem fazer.

Mercúrio, mesmo nas suas boas configurações, tem sempre tendência para a desonestidade. Portanto, colocado em relação com os significadores das sociedades, pode converter-se num foco de perturbação, pois dá uma certa habilidade para aproveitar as distracções dos despreocupados, a fim de tirar lucro ou partido...

Francisco Marques Rodrigues.FRC Portugal, Fonte: Revista O Rosa Cruz, Portugal.

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