O espírito é envolvido por corpos, do mais sutil ao mais material. A freqüência vibratória de cada um deles está relacionada com a dimensão em que atuam.
- Por Edvaldo Kulcheski -
- Por Edvaldo Kulcheski -
De acordo com as concepções espiritualistas, o espírito, na condição de foco inteligente e diretor da vida, encontra-se envolvido por vários campos energéticos, cada qual a vibrar na dimensão espacial que lhe é própria, sendo o campo físico a camada mais externa e mais densa da complexidade humana. Com o objetivo de facilitar o entendimento da seriação energética do homem, Allan Kardec resumiu o assunto denominando como "perispírito" tudo aquilo que reveste a essência espiritual do ser, ou seja, que se encontra interposto entre o espírito e o campo físico. Desta maneira, o perispírito representa todos os corpos que envolvem o espírito quando este está desencarnado.
Nosso espírito está envolto por muitos corpos, que se subdividem de acordo com as várias dimensões em que atuamos. À medida que ocorre a evolução do espírito, esta se caracteriza pela desmaterialização progressiva dos envoltórios mais densos, ou seja, o espírito evoluído não precisa das camadas que estão ligadas mais intimamente à matéria mais densa, esvaindo-se com sua inutilidade. No entanto, o envoltório mais próximo do espírito não se perde, já que, por mais evoluído que seja, ele terá no mínimo uma camada a lhe envolver e dar forma.
Como exemplo, temos o caso daquele espírito que desencarna e não precisa mais reencarnar. Ele perde a necessidade de algumas funções do corpo espiritual mais denso e, assim, estas camadas vão se extinguindo. É por isso que espíritos mais evoluídos encontram dificuldades para trabalhar junto à crosta terrestre ou agir mais diretamente nos umbrais, pois estas atividades são muito densas para seu corpo espiritual mais sutil.
Estudando o homem de acordo com o Espiritismo, André Luiz estabeleceu que ele é composto pelo corpo, pelo duplo etérico ou biossoma, pelo perispírito ou psicossoma, pelo corpo mental e pelo espírito. Já na definição do dr. Jorge Andréa dos Santos, médico e renomado escritor espírita, o homem é formado pelo corpo físico, pelo duplo etérico, pelo perispírito, pelo corpo mental, pelo inconsciente atual, pelo inconsciente passado ou arcaico e pelo inconsciente puro ou espírito.
O perispírito
O perispírito é uma condensação do fluido cósmico universal em torno de um foco de inteligência ou alma. É o envoltório semimaterial do espírito, o laço que o une à matéria do corpo. Diz-se que o perispírito é semimaterial porque pertence à matéria pela sua origem (fluido universal) e à espiritualidade pela sua natureza etérea.
Por sua natureza e em seu estado normal, o perispírito é invisível, porém, ele pode sofrer modificações que o tornam perceptível e até tangível, ou seja, possível de ser visto e tocado. O perispírito é formado com os elementos contidos nos fluidos ambientais de cada mundo, de onde se deduz que seus elementos constitutivos variam conforme os mundos aos quais estão ligados.
A natureza do perispírito sempre está relacionada ao grau de adiantamento moral do espírito. Desta forma, conforme a maior ou menor depuração do ser, seu perispírito se formará das partes mais puras ou mais grosseiras do fluido peculiar ao mundo no qual ele venha a encarnar.
O perispírito não está preso aos limites do corpo. Por sua natureza fluídica, ele é expansível, irradiando para o exterior e formando em torno do corpo uma atmosfera que o pensamento e a força de vontade podem dilatar com maior ou menor intensidade.
Como o perispírito dos encarnados é de natureza idêntica à dos fluidos do mundo espiritual, ele os assimila com facilidade, semelhante a uma esponja que absorve um líquido. Quando esses fluidos atuam sobre o perispírito, este reage sobre o organismo material com o qual está em contato molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo sente uma impressão salutar, mas se são maus, a impressão é penosa. Caso sejam permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas, o que explica a causa de certas enfermidades.
O perispírito é o organismo que personaliza e individualiza o espírito, identificando-o quanto à aparência. Após a morte, a alma jamais perde sua individualidade, apesar de não possuir mais o corpo material, enquanto que o perispírito guarda a aparência de sua última encarnação. É por ele que um ser abstrato, como é o espírito, torna-se um ser concreto, definido pelo pensamento.
Molde do corpo físico
Pode-se afirmar que o perispírito é o esboço, o modelo a partir do qual se desenvolve o corpo físico. Ele também é o modelo organizador biológico, pois é em sua intimidade energética que se agregam as células e se modelam os órgãos, proporcionando-lhes o pleno funcionamento.
Para atuar na matéria, o espírito precisa desta. Em virtude de sua natureza etérea, o espírito propriamente dito não pode atuar sobre a matéria grosseira sem algo ou alguém que o ligue a ela. Esse intermediário, que chamamos de perispírito, faculta a chave de todos os fenômenos espíritas de ordem material. Portanto, ele é o órgão de manifestação utilizado pelo espírito para efetuar suas comunicações com o plano dos espíritos encarnados.
É comum encontrarmos alguns autores espíritas que confundem atributos do espírito como sendo do perispírito. A sede da memória é um deles. Segundo Allan Kardec, é o espírito que possui a sede da memória, pois ele é o ser inteligente, pensante e eterno. Sem ele, o perispírito é uma matéria inerte, privada de vida e sensações.
É importante lembrar que, ao passarem de um mundo para outro, os espíritos mudam de perispírito de acordo com a natureza dos fluidos ambientes. Se a sede da memória residisse no perispírito, o espírito a perderia cada vez que precisasse mudar a constituição íntima de seu envoltório fluídico. A mesma coisa se dá quando nos referimos à sede da sensibilidade. É o espírito quem ama, sofre, pensa, é feliz, triste, ou seja, é nele que residem todas as sensações ou faculdades. O perispírito é apenas o órgão que transmite todas essas sensações, portanto, é um instrumento a serviço do espírito. Logo, segundo Kardec, é incorreto dizer que no perispírito ficam marcadas ou gravadas certas memórias ou atos do espírito durante sua vida. Como já vimos, o perispírito é matéria, não pensa e não tem memória, atributos pertencentes ao espírito.
Os órgãos do perispírito
Pela simples observação do corpo físico, pode-se deduzir que o perispírito também possui algo semelhante a órgãos, isto é, conjuntos de moléculas cuja configuração especial é destinada à execução de determinadas funções. Tais aglomerados moleculares, evidentemente, são apropriados ao funcionamento na vida extrafísica, promovendo a captação e assimilação de energias e fluidos necessários à sua manutenção, que se processam de modo essencialmente diverso da vida física.
Por isso mesmo, os órgãos do perispírito não podem ser iguais aos do corpo denso, mas determinam, pelas linhas de força que os caracterizam, a conformação e distribuição funcional destes últimos, os quais estão adaptados à execução e às funções específicas conforme a evolução biológica. Os órgãos do perispírito podem ser lesados pela ação desordenada ou maléfica da mente do ser.
O gênero de vida de cada indivíduo carnal determina a densidade do organismo perispirítico após a perda do corpo denso. O mundo espiritual guarda íntima ligação com o progresso moral que realizamos. À medida que crescemos moralmente, nosso perispírito vai ficando gradativamente mais leve e, assim, podemos nos movimentar em planos mais sutis.
Nosso espírito está envolto por muitos corpos, que se subdividem de acordo com as várias dimensões em que atuamos. À medida que ocorre a evolução do espírito, esta se caracteriza pela desmaterialização progressiva dos envoltórios mais densos, ou seja, o espírito evoluído não precisa das camadas que estão ligadas mais intimamente à matéria mais densa, esvaindo-se com sua inutilidade. No entanto, o envoltório mais próximo do espírito não se perde, já que, por mais evoluído que seja, ele terá no mínimo uma camada a lhe envolver e dar forma.
Como exemplo, temos o caso daquele espírito que desencarna e não precisa mais reencarnar. Ele perde a necessidade de algumas funções do corpo espiritual mais denso e, assim, estas camadas vão se extinguindo. É por isso que espíritos mais evoluídos encontram dificuldades para trabalhar junto à crosta terrestre ou agir mais diretamente nos umbrais, pois estas atividades são muito densas para seu corpo espiritual mais sutil.
Estudando o homem de acordo com o Espiritismo, André Luiz estabeleceu que ele é composto pelo corpo, pelo duplo etérico ou biossoma, pelo perispírito ou psicossoma, pelo corpo mental e pelo espírito. Já na definição do dr. Jorge Andréa dos Santos, médico e renomado escritor espírita, o homem é formado pelo corpo físico, pelo duplo etérico, pelo perispírito, pelo corpo mental, pelo inconsciente atual, pelo inconsciente passado ou arcaico e pelo inconsciente puro ou espírito.
O perispírito
O perispírito é uma condensação do fluido cósmico universal em torno de um foco de inteligência ou alma. É o envoltório semimaterial do espírito, o laço que o une à matéria do corpo. Diz-se que o perispírito é semimaterial porque pertence à matéria pela sua origem (fluido universal) e à espiritualidade pela sua natureza etérea.
Por sua natureza e em seu estado normal, o perispírito é invisível, porém, ele pode sofrer modificações que o tornam perceptível e até tangível, ou seja, possível de ser visto e tocado. O perispírito é formado com os elementos contidos nos fluidos ambientais de cada mundo, de onde se deduz que seus elementos constitutivos variam conforme os mundos aos quais estão ligados.
A natureza do perispírito sempre está relacionada ao grau de adiantamento moral do espírito. Desta forma, conforme a maior ou menor depuração do ser, seu perispírito se formará das partes mais puras ou mais grosseiras do fluido peculiar ao mundo no qual ele venha a encarnar.
O perispírito não está preso aos limites do corpo. Por sua natureza fluídica, ele é expansível, irradiando para o exterior e formando em torno do corpo uma atmosfera que o pensamento e a força de vontade podem dilatar com maior ou menor intensidade.
Como o perispírito dos encarnados é de natureza idêntica à dos fluidos do mundo espiritual, ele os assimila com facilidade, semelhante a uma esponja que absorve um líquido. Quando esses fluidos atuam sobre o perispírito, este reage sobre o organismo material com o qual está em contato molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo sente uma impressão salutar, mas se são maus, a impressão é penosa. Caso sejam permanentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas, o que explica a causa de certas enfermidades.
O perispírito é o organismo que personaliza e individualiza o espírito, identificando-o quanto à aparência. Após a morte, a alma jamais perde sua individualidade, apesar de não possuir mais o corpo material, enquanto que o perispírito guarda a aparência de sua última encarnação. É por ele que um ser abstrato, como é o espírito, torna-se um ser concreto, definido pelo pensamento.
Molde do corpo físico
Pode-se afirmar que o perispírito é o esboço, o modelo a partir do qual se desenvolve o corpo físico. Ele também é o modelo organizador biológico, pois é em sua intimidade energética que se agregam as células e se modelam os órgãos, proporcionando-lhes o pleno funcionamento.
Para atuar na matéria, o espírito precisa desta. Em virtude de sua natureza etérea, o espírito propriamente dito não pode atuar sobre a matéria grosseira sem algo ou alguém que o ligue a ela. Esse intermediário, que chamamos de perispírito, faculta a chave de todos os fenômenos espíritas de ordem material. Portanto, ele é o órgão de manifestação utilizado pelo espírito para efetuar suas comunicações com o plano dos espíritos encarnados.
É comum encontrarmos alguns autores espíritas que confundem atributos do espírito como sendo do perispírito. A sede da memória é um deles. Segundo Allan Kardec, é o espírito que possui a sede da memória, pois ele é o ser inteligente, pensante e eterno. Sem ele, o perispírito é uma matéria inerte, privada de vida e sensações.
É importante lembrar que, ao passarem de um mundo para outro, os espíritos mudam de perispírito de acordo com a natureza dos fluidos ambientes. Se a sede da memória residisse no perispírito, o espírito a perderia cada vez que precisasse mudar a constituição íntima de seu envoltório fluídico. A mesma coisa se dá quando nos referimos à sede da sensibilidade. É o espírito quem ama, sofre, pensa, é feliz, triste, ou seja, é nele que residem todas as sensações ou faculdades. O perispírito é apenas o órgão que transmite todas essas sensações, portanto, é um instrumento a serviço do espírito. Logo, segundo Kardec, é incorreto dizer que no perispírito ficam marcadas ou gravadas certas memórias ou atos do espírito durante sua vida. Como já vimos, o perispírito é matéria, não pensa e não tem memória, atributos pertencentes ao espírito.
Os órgãos do perispírito
Pela simples observação do corpo físico, pode-se deduzir que o perispírito também possui algo semelhante a órgãos, isto é, conjuntos de moléculas cuja configuração especial é destinada à execução de determinadas funções. Tais aglomerados moleculares, evidentemente, são apropriados ao funcionamento na vida extrafísica, promovendo a captação e assimilação de energias e fluidos necessários à sua manutenção, que se processam de modo essencialmente diverso da vida física.
Por isso mesmo, os órgãos do perispírito não podem ser iguais aos do corpo denso, mas determinam, pelas linhas de força que os caracterizam, a conformação e distribuição funcional destes últimos, os quais estão adaptados à execução e às funções específicas conforme a evolução biológica. Os órgãos do perispírito podem ser lesados pela ação desordenada ou maléfica da mente do ser.
O gênero de vida de cada indivíduo carnal determina a densidade do organismo perispirítico após a perda do corpo denso. O mundo espiritual guarda íntima ligação com o progresso moral que realizamos. À medida que crescemos moralmente, nosso perispírito vai ficando gradativamente mais leve e, assim, podemos nos movimentar em planos mais sutis.
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