sábado, 11 de outubro de 2025

PRESTE ATENÇÃO NOS SINAIS

 

Por: Randler Michel

 

Vivemos cercados por sinais. Eles não gritam, não se impõem — mas sussurram. Estão nas emoções que surgem sem explicação, nos pensamentos que insistem em voltar, nos sonhos que parecem mais reais que o dia seguinte. Estão nas cores que nos atraem, nos aromas que nos tocam, nos sons que nos envolvem. E, acima de tudo, estão nas vibrações que sentimos, mesmo sem saber nomear.

Na jornada espiritual e terapêutica, aprender a reconhecer esses sinais é essencial. Eles podem vir de dentro — dos corpos de energia, da alma, da consciência — ou de fora, através da atuação de mentores espirituais, guias, irmãos desencarnados ou mesmo espíritos em desequilíbrio.

Sinais de um mentor espiritual amigo

Mentores não se impõem. Eles inspiram. Sua presença é leve, amorosa, respeitosa. Quando estão próximos, você sente paz, clareza, força interior. Pensamentos elevados surgem, como se fossem sopros de sabedoria. Sonhos reveladores aparecem. Sincronicidades se multiplicam. E você começa a se lembrar de quem é, do que veio fazer, e do que precisa deixar para trás.

Sinais de influência obsessiva

Por outro lado, quando há influência de espíritos em sofrimento, os sinais mudam. Pensamentos negativos se repetem. Emoções densas se intensificam. Vícios ganham força. O corpo pesa. A mente se confunde. E a sensação de estar “fora de si” se torna constante. Esses sinais não devem ser temidos — devem ser compreendidos. Pois até o obsessor é um espírito em busca de cura, e sua presença pode ser o espelho que revela nossas próprias feridas.

Como discernir

A chave está no sentir a vibração. Mentores elevam. Obsessores drenam. Mentores respeitam. Obsessores pressionam. Mentores inspiram liberdade. Obsessores induzem dependência. Preste atenção no que você sente, pensa, sonha e atrai. O corpo fala. A alma responde. O espírito guia.

A energia das flores e o despertar espiritual

As flores não apenas embelezam o mundo com suas cores e perfume — elas vibram. Seus pigmentos (antocianinas, carotenoides, betalaínas, xantofilas) carregam frequências que atuam no corpo e na alma. Seus aromas ativam memórias e emoções. E estudos recentes mostram que até seus sons — em frequências ultrassônicas — revelam que elas sentem, reagem e se comunicam.

A terapia floral, especialmente a linha dos Florais de Saint Germain, oferece fórmulas específicas para quem busca proteção espiritual, elevação da consciência e equilíbrio emocional. Cada essência atua em níveis sutis, ajudando a limpar padrões negativos, fortalecer a luz interior e abrir caminhos para o autoconhecimento.

Recomendações com Florais de Saint Germain

  • Fórmulas de Proteção: criam um campo vibracional seguro contra energias densas e obsessores.

  • Espiritualidade e Meditação: facilitam a conexão com o Eu Superior e estados meditativos profundos.

  • Fórmula do Pânicum: indicada para medos intensos, pânico e ansiedade.

  • Fórmula Ânimo e Equilíbrio: revitaliza a energia vital e combate estados de apatia.

  • Fórmulas do Ho’oponopono: vibram os quatro pilares da reconciliação — Sinto muito, Me perdoe, Te amo, Sou grato — promovendo liberação emocional e cura relacional.

  • Fórmulas do Eu Sou – Sete Corpos Sutis:

    • 1º Corpo – Físico: limpeza e vitalização.

    • 2º Corpo – Etérico: equilíbrio dos chakras.

    • 3º Corpo – dos Desejos: purificação emocional.

    • 4º Corpo – Mental Concreto: organização dos pensamentos.

    • 5º Corpo – Mental Criativo: inspiração e criatividade.

    • 6º Corpo – Natureza Divina: alinhamento com o propósito espiritual.

    • 7º Corpo – Luz e Consciência: expansão da consciência e conexão com planos superiores.

Práticas complementares para proteção e elevação

  • Leituras espirituais: Salmo 91 (proteção), Salmo 23 (confiança), Oração do Pai Nosso (alinhamento), Prece de Caritas (compaixão universal).

  • Cromoterapia: usar roupas de tons claros, vivos e alegres; evitar cores escuras em momentos de fragilidade.

  • Cuidados energéticos: receber passe espiritual ou Reiki; fazer banhos de ervas como lavanda, alfazema, manjericão e alecrim para renovar a aura.

  • Rotina espiritual: manter práticas de oração, meditação e gratidão para criar um campo de luz ao seu redor.

  • Desenvolvimento da consciência espiritual: cultive sua espiritualidade através da prática religiosa que ressoe com seu coração e alma — seja ela qual for. O importante é que seja sincera, viva e conectada com o seu chamado interior.

REFLEXÃO:

Você não precisa ver ou ouvir um espírito para saber que está sendo ajudado. A ajuda espiritual se manifesta através da sua própria transformação, da força renovada, da paz que começa a surgir onde antes havia conflito. Prestar atenção nos sinais é um ato de coragem. É permitir que o invisível nos ensine, nos cure, nos guie.

Se você é terapeuta, buscador ou alguém em processo de despertar, lembre-se: os sinais estão por toda parte. E quando você aprende a reconhecê-los, a vida deixa de ser um enigma e se torna uma revelação.

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

ARCANO 12-O Enforcado: A Suspensão que Transforma


Por: Randler Michel



A palavra arcano vem do latim arcanum, que significa “segredo” ou “mistério oculto”. No Tarô, os arcanos são representações simbólicas presentes no inconsciente coletivo, forças psíquicas e espirituais que atuam na jornada humana. O Arcano de número 12, conhecido como O Enforcado, é um dos mais profundos e desafiadores. Ele não fala de ação, mas de pausa. Não representa conquista, mas renúncia. E, acima de tudo, é um convite à transformação interior.

No Tarô de Rider Waite, esse arcano é ilustrado por um homem pendurado de cabeça para baixo por um pé, amarrado a uma árvore em forma de cruz em T — símbolo do sacrifício. O outro pé está livre, apoiado suavemente atrás do pé preso, formando o número 4, que remete à estabilidade e à estrutura. As mãos estão ocultas,  contidas entre a coluna lombar e o tronco da árvore. Seu rosto, no entanto, não expressa dor. Há uma serenidade inquietante, como se ele estivesse emocionalmente e mentalmente paralisado, vítima de seus próprios pensamentos e ações passadas.

Essa imagem é um retrato simbólico de uma crise psíquica. O corpo está estagnado após um período de estresse intenso, e a mente, embora livre, está presa em padrões negativos. O Enforcado representa aquele momento em que não há mais como fugir de si mesmo. É a suspensão forçada que obriga o indivíduo a olhar para dentro, a confrontar suas sombras e a iniciar o processo de individuação — conceito desenvolvido por Carl Gustav Jung, que descreve o caminho de integração entre o consciente e o inconsciente.

Do ponto de vista terapêutico, esse arcano é um chamado à renúncia. Renunciar aos comportamentos compulsivos, aos pensamentos automáticos, às atitudes que já não servem mais. É o momento de abrir mão do controle e permitir que a consciência se expanda. A posição invertida do Enforcado simboliza a necessidade de ver a vida sob um novo ângulo. Ele não está sendo punido — está sendo preparado para uma nova etapa.

A crise representada por esse arcano é também uma oportunidade de revisão de valores. A Lei do Retorno, presente nas tradições espirituais, nos lembra que tudo o que fazemos retorna para nós. O Enforcado nos convida a refletir sobre nossas ações passadas, reconhecer nossas imperfeições de caráter e iniciar um processo de cura. Sua sombra é o contato com a própria escuridão interna — orgulho, rigidez, negação — mas é nesse contato que reside a possibilidade de redenção.

No plano divinatório, O Enforcado anuncia um período de pausa, sacrifício voluntário, espera e introspecção. É o momento de não agir, mas de observar. No plano psicológico, ele representa a necessidade de quebrar padrões mentais, de abrir mão do ego e permitir que a alma respire. É o arquétipo da vítima que se liberta ao perceber que sua prisão é interna.

O Enforcado não é um fim — é um rito de passagem. Ele nos ensina que a verdadeira liberdade começa quando paramos de lutar contra o que é, e começamos a compreender o que somos.

Referências Bibliográficas:

  • Jung, Carl Gustav. O homem e seus símbolos. Editora Pensamento, 2000.

  • Banzhaf, Hajo. As chaves do Tarô. Editora Pensamento, 2001.

domingo, 21 de setembro de 2025

Eclipse Solar em Virgem – 21 de Setembro de 2025: O Momento de Reestruturação Espiritual


Por: Randler Michel

 


No dia 21 de setembro de 2025, o céu nos presenteia com um Eclipse Solar Parcial no grau 29 de Virgem, um ponto crítico conhecido como grau anarético. Esse grau simboliza encerramentos, decisões urgentes e transições inevitáveis. O eclipse é intensificado por uma oposição exata a Saturno retrógrado em Peixes, também no grau 28, formando um eixo de tensão entre ordem e dissolução, estrutura e entrega, controle e fé.

Fase da Lua e Horário do Eclipse

Este eclipse ocorre durante a fase de Lua Nova, como é característico dos eclipses solares. A Lua Nova representa o início de um novo ciclo lunar, e quando combinada com um eclipse, essa energia de renovação é intensificada — porém, exige encerramentos prévios para que algo novo possa realmente florescer.

O eclipse terá início às 14h29 (horário de Brasília), atingirá seu pico máximo de energia às 16h41 e se encerrará às 18h53. Esse momento de ápice representa o ponto mais potente de alinhamento entre Sol, Lua e Terra, marcando uma abertura energética significativa para rituais de encerramento, purificação e reprogramação espiritual.

Sol e Lua em Virgem: o chamado à reorganização

Virgem é um signo de terra mutável, regente da saúde, do serviço, da rotina e do discernimento. Quando Sol e Lua se encontram nesse signo durante um eclipse, somos convocados a fazer uma limpeza profunda — física, mental, emocional e espiritual. O grau 28 representa o limiar entre maturidade e transição, enquanto o grau 29 amplifica esse chamado: não há mais tempo para adiar o que precisa ser encerrado. É um momento de redefinir prioridades com precisão e coragem.

Oposição a Saturno em Peixes: entre limites e transcendência

Saturno em Peixes nos confronta com os limites das nossas ilusões. A oposição entre Virgem e Peixes pede equilíbrio entre o prático e o espiritual. Saturno exige responsabilidade, enquanto Peixes convida à entrega. Esse aspecto nos desafia a estruturar nossa espiritualidade, dar forma aos sonhos e abandonar escapismos. É um momento de profunda maturação emocional e espiritual.

Impactos simbólicos e espirituais para os signos por elemento

Signos de Terra (Touro, Virgem, Capricórnio): São chamados a alinhar corpo e propósito. Há uma revisão de rotinas, saúde e trabalho. É uma oportunidade de plantar novas sementes com mais eficiência e clareza. Espiritualmente, é hora de confiar no processo e abrir espaço para o invisível.

Signos de Água (Câncer, Escorpião, Peixes): Vivenciam um despertar emocional profundo. Há conflito entre sensibilidade e estrutura. É necessário colocar limites em relações e práticas que drenam energia. Espiritualmente, é um chamado à cura e à conexão com o divino através da disciplina.

Signos de Fogo (Áries, Leão, Sagitário): Precisam redirecionar energia e motivação. O desafio é transformar impulso em ação estratégica. Há revisão de metas e propósitos com mais realismo. Espiritualmente, é tempo de canalizar paixão para causas maiores e sustentáveis.

Signos de Ar (Gêmeos, Libra, Aquário): Devem reestruturar ideias, comunicação e relações. O convite é à escuta interna e ao silêncio reflexivo. Há necessidade de simplificar e focar. Espiritualmente, é um portal para integrar mente e coração, razão e intuição.

Conclusão

Este eclipse representa um divisor de águas. Ele nos pede coragem para encerrar ciclos, humildade para reconhecer o que não funciona mais, e fé para construir uma nova realidade com mais propósito e alinhamento. É uma Lua Nova turbinada, mas só floresce onde há espaço limpo e terra fértil.

sábado, 13 de setembro de 2025

ASTROLOGIA E ASTRONOMIA : SOMOS FILHOS DO UNIVERSO E IRMÃOS DAS ESTRELAS.


Por: Randler Michel

                                         Marsílio Ficino (1433–1499)

 

“Você é filho do Universo, irmão das estrelas e árvores. Você merece estar aqui, e mesmo que você não possa perceber, a Terra e o Universo vão cumprindo o seu destino.”

O poema Desiderata, escrito por Max Ehrmann em 1927, é uma meditação poética sobre paz interior, dignidade humana e harmonia com o universo.  sintetiza a ideia de que cada ser humano tem um lugar legítimo e precioso no cosmos, independentemente das circunstâncias. O astrólogo, médico e filósofo Marsílio Ficino e a astrônoma e astrofísica Cecília Payane  ambos com sua ciência e distanciados por séculos, comunicaram ao mundo, que somos filhos do Universo e irmãos das estelas.

Marsílio Ficino (1433–1499) foi uma das figuras mais influentes do Renascimento italiano. Filósofo, sacerdote, médico e músico, ele dedicou sua vida a traduzir e reinterpretar o pensamento de Platão e dos neoplatônicos, integrando-o à teologia cristã e à astrologia. Seu legado é vasto, e sua visão do universo como um organismo vivo ressoa surpreendentemente com descobertas científicas modernas — especialmente com a revelação de que os seres humanos são compostos pelos mesmos elementos que formam as estrelas.

Em 1925, a astrônoma Cecilia Payne-Gaposchkin publicou sua tese Stellar Atmospheres, na qual demonstrou que as estrelas são compostas principalmente de hidrogênio e hélio. Usando a equação de ionização de Saha, ela provou que os elementos presentes nas estrelas são os mesmos que constituem os seres humanos. Essa descoberta, inicialmente desacreditada, foi posteriormente reconhecida como uma das mais importantes da astrofísica moderna. A ciência, portanto, confirma o que Ficino já intuía em sua filosofia: somos feitos da mesma substância que compõe o cosmos.

Ficino acreditava que a alma do mundo imprimia suas propriedades em todas as formas da criação. Para ele, as estrelas não apenas influenciavam a vida terrena — elas compartilhavam da mesma essência que permeia tudo o que existe. Essa ideia está presente em sua obra De vita libri tres (1489), especialmente no terceiro livro, De vita coelitus comparanda, onde ele propõe uma medicina astrológica chamada iatromathematica. Nessa abordagem, os planetas são vistos como fontes de energia espiritual que podem ser canalizadas para promover saúde e equilíbrio.

A astrologia de Ficino não era voltada à adivinhação, mas à harmonização. Ele acreditava que os astros “inclinavam, mas não obrigavam”, e que o livre-arbítrio permitia ao ser humano agir com sabedoria diante das influências cósmicas. Para alcançar essa sintonia, recomendava o uso de talismãs, hinos órficos, cores, aromas e dietas específicas, cada uma associada às vibrações de determinados planetas.

Em sua Theologia Platonica (1486), Ficino descreve o universo como um organismo vivo e vibrante, no qual as estrelas emanam forças que animam a matéria. Essa visão se aproxima da cosmologia moderna, que vê o universo como uma rede de energia em constante transformação. Para Ficino, essa energia tinha propósito, alma e beleza — e o ser humano era seu reflexo. Ele afirmava: “Se Galeno é o médico do corpo, Platão é o médico da alma”, sintetizando sua missão de curar o espírito por meio da filosofia, da música, da astrologia e da contemplação do divino.

Sob o patrocínio de Lorenzo de Medici, Ficino fundou a Academia Platônica de Florença, inspirada na escola de Platão. Tradutor de obras clássicas e introdutor do Corpus Hermeticum ao Ocidente, ele moldou o pensamento renascentista e influenciou artistas como Botticelli e Michelangelo. Sua filosofia integrava o platonismo ao cristianismo, valorizando a dignidade, a beleza e o potencial espiritual do ser humano.

Para compreender a profundidade da astrologia na história humana, é essencial recorrer à obra A Astrologia no Mundo: Uma Visão Histórica para Entender Melhor a Personalidade Humana, de Peter Marshall. O autor traça um panorama fascinante das tradições astrológicas em diversas culturas, revelando como a astrologia foi usada para compreender o comportamento humano, os ciclos da natureza e os mistérios da existência. Ele mostra que, apesar das críticas e da marginalização científica, a astrologia permanece viva — nos lares, nos bastidores do poder, e nas buscas pessoais por sentido.

Hoje, quando olhamos para as estrelas e reconhecemos nelas nossa origem, podemos também ouvir o eco de Ficino: somos parte do cosmos, feitos da mesma substância das estrelas, e conectados por uma teia invisível de energia, alma e significado:a nossa carta natal,  Mapa Natal ou popular Mapa Astral.

Referências bibliográficas:

  • PAYNE-GAPOSCHKIN, Cecilia. Stellar Atmospheres. Harvard University, 1925.

  • FICINO, Marsilio. De vita libri tres. Florença, 1489.

  • MARSHALL, Peter. A Astrologia no Mundo: Uma Visão Histórica para Entender Melhor a Personalidade Humana. Rio de Janeiro: Editora Nova Era, 2006.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Trânsitos Planetários: Os Ciclos Cósmicos que Moldam Nossa Jornada Pessoal

 

🔭 Por: Randler Michel

Na astrologia, os trânsitos planetários funcionam como grandes marcadores de tempo da alma. Eles não determinam o que vai acontecer, mas revelam os temas que estarão em destaque em nossa vida — como convites cósmicos para crescer, mudar e evoluir.

Hoje, vamos explorar como os trânsitos dos planetas lentos (Saturno, Urano, Netuno e Plutão) atuam como verdadeiros ritos de passagem, sinalizando momentos de crise, amadurecimento e renascimento. Também explicaremos o que é o Mapa Natal e o Mapa de Trânsitos, para que você possa entender como esses movimentos celestes se conectam com sua própria trajetória.

🧭 O Que é o Mapa Natal?

O Mapa Natal é uma fotografia do céu no exato momento do seu nascimento. Ele mostra onde estavam os planetas, em quais signos e casas, revelando seus potenciais, desafios e tendências. É como um código cósmico que descreve quem você é em essência.

🔄 O Que é o Mapa de Trânsitos?

O Mapa de Trânsitos compara o céu atual com o seu Mapa Natal. Ele mostra como os planetas em movimento estão ativando pontos específicos do seu mapa, trazendo à tona temas que precisam ser vividos, revisitados ou transformados. É uma ferramenta poderosa para entender os ciclos da vida e se preparar para eles com consciência.

🪐 Saturno: O Senhor do Tempo e da Estrutura

Saturno é o planeta da responsabilidade, dos limites e da maturidade. Seus trânsitos marcam os principais momentos de avaliação e reconstrução da vida adulta.

Principais trânsitos de Saturno:

  • 🔹 27–30 anos – Primeiro Retorno de Saturno Início da vida adulta. Confronto com escolhas e estruturas. Tempo de amadurecimento.

  • 🔹 ~36 anos – Quadratura Crescente Teste das estruturas criadas. Ajustes e superação de obstáculos.

  • 🔹 ~43–44 anos – Oposição de Saturno Crise da meia-idade. Reavaliação profunda da trajetória.

  • 🔹 ~51 anos – Quadratura Minguante Reflexão sobre legado e papel social.

  • 🔹 57–60 anos – Segundo Retorno de Saturno Transição para a sabedoria. Aceitação e liberdade madura.

⚡ Urano: A Revolução do Ser

Urano é o planeta da inovação, da liberdade e das mudanças súbitas. Seus trânsitos nos despertam para a autenticidade e nos libertam de padrões estagnados.

Principais trânsitos de Urano:

  • 🔹 ~21 anos – Primeira Quadratura Rebeldia, busca por identidade e independência.

  • 🔹 ~40–42 anos – Oposição de Urano Desejo de liberdade. Mudanças radicais. Revolução pessoal.

  • 🔹 ~63 anos – Segunda Quadratura Reinvenção na maturidade. Vitalidade e propósito renovado.

  • 🔹 ~84 anos – Retorno de Urano Culminação da individuação. Reflexão sobre a vida vivida.

🌊 Netuno: A Busca por Significado

Netuno dissolve ilusões e nos conecta ao espiritual. Seus trânsitos trazem confusão, inspiração ou desilusão — tudo para nos alinhar com o que é verdadeiro.

Trânsito marcante:

  • 🔹 ~40–42 anos – Quadratura de Netuno Crise de fé e propósito. Desilusão e despertar espiritual.

🔥 Plutão: Morte e Renascimento

Plutão representa poder, transformação e renascimento. Seus trânsitos são intensos e profundos, revelando sombras e promovendo cura.

Trânsito marcante:

  • 🔹 ~37–43 anos – Quadratura de Plutão Crises intensas. Confronto com medos e padrões tóxicos. Renascimento pessoal.

🌟 Por Que Conhecer Seus Trânsitos?

Entender os trânsitos planetários é como ter um calendário da alma. Eles ajudam você a:

  • Identificar os momentos ideais para mudanças

  • Compreender crises como oportunidades de crescimento

  • Planejar decisões importantes com mais consciência

  • Honrar os ritmos naturais da vida

🧙‍♂️ Conclusão

A astrologia é uma linguagem simbólica que nos ajuda a navegar os ciclos da existência com mais sabedoria. Os trânsitos planetários são convites cósmicos para evoluir, e o Mapa Natal é o ponto de partida dessa jornada. Ao unir esses dois instrumentos, você pode transformar desafios em oportunidades e viver com mais propósito e autenticidade.

Se quiser, posso calcular seus trânsitos atuais com base no seu Mapa Natal. Basta me enviar sua data, hora e local de nascimento. Vamos decifrar juntos os sinais do céu!

📚 Referência Bibliográfica

SASPORTAS, Howard. Os Deuses da Mudança: uma nova abordagem da astrologia. São Paulo: Siciliano, 1991.

A Relação entre os Setênios da Antroposofia e os Chakras da Tradição Iogue: Um Mapa Evolutivo do Desenvolvimento Humano


Por: Randler Michel

                                                             Fonte de imagem: https://oterceiroato.com/

Resumo Este artigo propõe uma análise integrativa e interdisciplinar entre os ciclos de sete anos conhecidos como setênios, conforme a Antroposofia de Rudolf Steiner, e os centros energéticos denominados chakras, oriundos da tradição iogue. A correlação entre essas duas abordagens oferece uma perspectiva simbólica e prática sobre o desenvolvimento humano, desde a infância até a maturidade espiritual, revelando uma jornada de amadurecimento físico, emocional, mental e espiritual.

Palavras-chave: Setênios; Chakras; Antroposofia; Desenvolvimento humano; Espiritualidade.

1. Introdução

O ser humano passa por diversas fases ao longo da vida, cada uma marcada por desafios e aprendizados específicos. A Antroposofia, ciência espiritual desenvolvida por Rudolf Steiner, propõe que a biografia humana se organiza em ciclos de sete anos, denominados setênios. Paralelamente, a tradição iogue descreve os chakras como centros energéticos que governam dimensões específicas da consciência e da saúde integral. Este artigo busca correlacionar essas duas abordagens, oferecendo um mapa simbólico e funcional para o autoconhecimento e a evolução pessoal.

2. Os Setênios na Antroposofia

Segundo Steiner (1991), os setênios representam etapas do desenvolvimento humano que envolvem a formação do corpo físico, da alma e do espírito. Cada ciclo de sete anos é caracterizado por uma tarefa biográfica predominante, que se manifesta nas esferas da vontade, do sentimento e do pensamento.

2.1 Primeiro Setênio (0 a 7 anos) – Formação do Corpo Físico

Fase da encarnação e estruturação corporal. A criança aprende por imitação e desenvolve a vontade. O foco está na segurança, nos ritmos e na construção de vínculos com o ambiente. Frase-chave: “O mundo é bom.”

2.2 Segundo Setênio (7 a 14 anos) – Desenvolvimento da Vida Emocional

Fase da alma sensível. A criança desenvolve sentimentos, imaginação e memória. A autoridade externa é valorizada e o mundo é explorado pelo sentir. Frase-chave: “O mundo é belo.”

2.3 Terceiro Setênio (14 a 21 anos) – Construção da Identidade e do Pensamento

Fase da alma racional. O jovem busca sua identidade, questiona o mundo e forma ideais próprios. É um período de afirmação e julgamento crítico. Frase-chave: “O mundo é verdadeiro.”

2.4 Quarto Setênio (21 a 28 anos) – Maturidade Emocional e Relações Profundas

Fase de integração social e afetiva. O adulto jovem busca experiências significativas, constrói vínculos e começa a equilibrar o interno com o externo. Frase-chave: “Eu sou parte do mundo.”

2.5 Quinto Setênio (28 a 35 anos) – Afirmação no Mundo e Expressão da Verdade

Fase de estruturação consciente. O indivíduo consolida sua identidade e busca viver de acordo com sua verdade interior. Frase-chave: “Eu sou quem eu sou.”

2.6 Sexto Setênio (35 a 42 anos) – Crise de Autenticidade e Visão Interior

Fase de revisão e introspecção. O indivíduo questiona as estruturas construídas e busca autenticidade e significado mais profundo. Frase-chave: “Quem sou eu de verdade?”

2.7 Sétimo Setênio (42 a 49 anos) – Espiritualidade Consciente e Transcendência

Fase de conexão com o propósito maior. O foco se volta do “ter” para o “ser”, com busca por inspiração e transcendência. Frase-chave: “Eu sou parte do Todo.”

3. Os Chakras na Tradição Iogue

Os chakras são centros sutis de energia distribuídos ao longo da coluna vertebral, conforme descrito por autores como Judith (2004). Cada chakra está associado a aspectos físicos, emocionais e espirituais, e seu despertar representa a integração das qualidades que ele simboliza.

4. Correlação entre Setênios e Chakras

A seguir, apresenta-se a relação entre os sete primeiros setênios e os respectivos chakras, com base em suas características simbólicas e funcionais.


4.1 Primeiro Setênio (0 a 7 anos) – Chakra Básico (Muladhara)

  • Desenvolvimento: Encarnação física, segurança e vínculo com o ambiente.

  • Chakra: Muladhara (Raiz)

  • Cor: Vermelho

  • Mantra: LAM

  • Órgãos: Suprarrenais, pernas, pés, intestino grosso.

4.2 Segundo Setênio (7 a 14 anos) – Chakra Sacral (Svadhisthana)

  • Desenvolvimento: Emoções, imaginação e vínculos afetivos.

  • Chakra: Svadhisthana

  • Cor: Laranja

  • Mantra: VAM

  • Órgãos: Gônadas, rins, quadris, bexiga.

4.3 Terceiro Setênio (14 a 21 anos) – Chakra do Plexo Solar (Manipura)

  • Desenvolvimento: Identidade, força de vontade e pensamento próprio.

  • Chakra: Manipura

  • Cor: Amarelo

  • Mantra: RAM

  • Órgãos: Pâncreas, fígado, estômago, sistema digestivo.

4.4 Quarto Setênio (21 a 28 anos) – Chakra Cardíaco (Anahata)

  • Desenvolvimento: Relações profundas, amor e empatia.

  • Chakra: Anahata

  • Cor: Verde e Rosa

  • Mantra: YAM

  • Órgãos: Timo, coração, pulmões, braços.

4.5 Quinto Setênio (28 a 35 anos) – Chakra Laríngeo (Vishuddha)

  • Desenvolvimento: Expressão pessoal, verdade e comunicação.

  • Chakra: Vishuddha

  • Cor: Azul Celeste

  • Mantra: HAM

  • Órgãos: Tireoide, garganta, boca, ouvidos.

4.6 Sexto Setênio (35 a 42 anos) – Chakra Frontal (Ajna)

  • Desenvolvimento: Intuição, visão interior e autenticidade.

  • Chakra: Ajna (Terceiro Olho)

  • Cor: Azul Índigo

  • Mantra: OM

  • Órgãos: Pituitária, olhos, cérebro inferior.

4.7 Sétimo Setênio (42 a 49 anos) – Chakra Coronário (Sahasrara)

  • Desenvolvimento: Espiritualidade consciente e transcendência.

  • Chakra: Sahasrara

  • Cor: Violeta ou Branco-Dourado

  • Mantra: Silêncio (ou OM)

  • Órgãos: Pineal, córtex cerebral, corpo energético.

5. Considerações Finais

A correlação entre os setênios e os chakras oferece uma abordagem integrativa para compreender o desenvolvimento humano em suas múltiplas dimensões. Ao reconhecer os desafios e potenciais de cada fase da vida, é possível promover uma jornada mais consciente, alinhada com os ritmos naturais da existência e com os princípios da evolução espiritual.

Referências Bibliográficas

STEINER, Rudolf. A Educação da Criança segundo a Ciência Espiritual. São Paulo: Antroposófica, 1991.

JUDITH, Anodea. Os Chakras: Roda da Vida. São Paulo: Pensamento, 2004.

SHARMA, Dr. Shalila; SHARMA, Bodo J. Chakras: Os Centros de Energia do Corpo Humano. São Paulo: Ground, 1992.

KÜHNE, Christoph. Biografia Humana: A Arte de Viver Conscientemente. São Paulo: Antroposófica, 2010.


segunda-feira, 25 de agosto de 2025

ARCANO XV- O DIABO: ENCARE SUA SOMBRA

 

Por: Randler Michel 


Chega uma hora na vida, que temos que encarar o  Diabo interior O Arcano XV do Tarô sob a luz da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung. Ilustração do Arcano XV- O Diabo, do Tarô Fusão Cósmica , criado com IA.

O Arcano XV — O Diabo — é um dos símbolos mais densos e inquietantes do Tarô. Ele não representa apenas o mal absoluto ou a condenação moral, mas sim forças psíquicas profundas que habitam a sombra do ser humano: os desejos reprimidos, os vícios, as compulsões, as pulsões sexuais e os excessos. Na perspectiva da psicologia analítica de Carl Gustav Jung, o Diabo é um arquétipo que nos confronta com tudo aquilo que foi excluído da consciência, mas que continua a operar silenciosamente no inconsciente.

A sombra, conceito central em Jung, é composta por conteúdos que o ego rejeita por não se alinharem à moral, à ética ou às expectativas sociais. No entanto, ela não é apenas um depósito de aspectos negativos. A sombra também abriga a energia criativa, a espontaneidade, a força instintiva e a potência de realização. O Diabo, como arquétipo, representa essa dualidade: é tanto o símbolo da degradação quanto da possibilidade de integração e transformação.

Vemos o Diabo nos outros, até o repelimos, mas não o vemos em nós mesmos através dos nossos comportamentos. Essa é a armadilha da projeção: ao negar nossa própria sombra, passamos a enxergá-la nos outros, condenando neles aquilo que não temos coragem de reconhecer em nós. O Diabo, nesse sentido, é o espelho da hipocrisia humana, da moral seletiva e da persona que construímos para sermos aceitos socialmente e que no arcano seguinte XVI- A Torre, a persona se desfaz, caem  as máscaras.

A imagem simbólica do Diabo como um esqueleto vestido com o hábito de um monge, fumando um cigarro e degustando uma taça de vinho tinto, sentado em uma poltrona diante de um casal sensual, revela com precisão essa ambiguidade. O esqueleto, símbolo da morte e da finitude, veste o traje da espiritualidade, sugerindo a contradição entre o sagrado e o profano. O cigarro e o vinho representam os vícios que anestesiam dores emocionais profundas, muitas vezes enraizadas na carência afetiva da infância. O casal aos seus pés — uma mulher de vestido vermelho, seios à mostra, e um homem sem camisa, com calça justa — encarna a prisão aos desejos sexuais, à teatralidade do erotismo e à busca por validação através do corpo.

O Diabo também é associado a arquétipos mitológicos como o deus Pan — divindade dos pastores, com pernas de bode, viciado em sexo e vinho — e Baphomet, figura esotérica que sintetiza o bem e o mal, o masculino e o feminino, o espiritual e o material. Anthony Louis, em O Livro Completo do Tarô, destaca que o Arcano XV representa o poder da ilusão, da sedução e da escravidão aos prazeres sensoriais. Observe que, numerologicamente, o número 15 se reduz a 6 (1+5), remetendo ao Arcano VI — Os Amantes — que simboliza o desejo, a dúvida entre dois caminhos, a traição e os triângulos amorosos. Assim, o Diabo é a sombra dos Amantes: quando o desejo se torna obsessão, quando o amor se converte em compulsão, quando a escolha é guiada pela luxúria e não pela luz da consciência.

No campo terapêutico, o Diabo nos convida a olhar para nossas máscaras — a persona que construímos para sermos aceitos — e a confrontar o que está por trás delas. Ele revela a perversão, o materialismo, a obsessão e a compulsão sexual como sintomas de uma alma desconectada de sua essência. Mas também aponta para a possibilidade de libertação: ao integrar a sombra, ao reconhecer os desejos reprimidos, ao acolher o que foi negado, o indivíduo pode transformar o Diabo interior em força criadora, ganhos e prosperidade material.

Encarar o Diabo é, portanto, um ato de coragem. É reconhecer que o mal não está fora, mas dentro de nós — e que só ao iluminá-lo com a consciência podemos transcender suas amarras.

Referências bibliográficas:

  • JUNG, Carl Gustav. O Eu e o Inconsciente. Petrópolis: Vozes, 2000.

  • LOUIS, Anthony. O Livro Completo do Tarô. São Paulo: Pensamento, 2019.

domingo, 24 de agosto de 2025

ARCANO XVI A TORRE, NÃO É O FIM, É SÓ O COMEÇO DA INDIVIDUAÇÃO

 

Por: Randler Michel


 

A Torre, arcano XVI do Tarô, é o símbolo do colapso inevitável das estruturas internas que já não sustentam a verdade da alma. Ela não chega com delicadeza. É um raio que rasga o céu e destrói o que parecia sólido, revelando o que estava oculto. A sombra no tarô é arquétipo anterior, o arcano XV – O Diabo – a Torre se torna ainda mais reveladora: ela é o desmascaramento da Sombra, o confronto com os desejos reprimidos, os vícios, as traições e os prazeres que foram escondidos atrás da fachada da Persona.

Carl Gustav Jung, em O Homem e Seus Símbolos (Editora Nova Fronteira, 2008), descreve a Sombra como o aspecto inconsciente da personalidade que o ego não reconhece em si mesmo. É o lado obscuro do ser humano, composto por impulsos sexuais descontrolados, inveja, cobiça, e comportamentos que a moral social condena. O arcano XV O Diabo, nesse contexto, representa a sedução da Sombra: o prazer sem limites, o vício, a escravidão emocional e física. É o arquétipo da ilusão, da prisão voluntária, da máscara que se sustenta pela negação da verdade interior.

A Persona, por sua vez, é o arquétipo da máscara social. É o papel que o indivíduo desempenha para se adaptar ao mundo, muitas vezes em detrimento da própria autenticidade. Quando a Torre é atingida pelo raio, essa máscara se rompe. O que antes era escondido – como o caso extraconjugal do casal que cai pelas janelas da torre – vem à tona. A morte simbólica (ou literal, como o marido que jaz no solo após a descoberta da traição) representa o fim de uma ilusão, o colapso de um sistema de crenças que não sustentava mais a verdade do ser.

Esse colapso é doloroso, mas necessário. Jung chama esse processo de individuação: o caminho para tornar-se quem se é de fato, integrando a Sombra à consciência, libertando-se das amarras do ego e da Persona. A Torre, nesse sentido, é libertadora. Ela destrói para que se possa reconstruir. Ela revela para que se possa curar.

O desequilíbrio do segundo chakra – o Svadhisthana – está diretamente ligado às pulsões sexuais, à culpa, à vergonha e à dependência emocional. Quando esse centro energético está em desarmonia, o indivíduo pode se perder em relações tóxicas, vícios e comportamentos autodestrutivos. A queda da Torre é também um chamado à cura desse chakra, à reconexão com a energia criativa e emocional de forma consciente e equilibrada.

Para quem está vivendo a noite escura da alma – esse momento de ruptura, dor e revelação – é essencial compreender que o caos é parte do renascimento. O coaching espiritual pode oferecer ferramentas para atravessar esse processo com coragem e clareza. Aqui vão algumas orientações:

  • Aceite o colapso como parte do processo. Não lute contra a queda da Torre; ela está te libertando.

  • Enfrente seus demônios interiores. Olhe para a Sombra com honestidade e sem julgamento.

  • Reconstrua com autenticidade. O que virá depois será mais verdadeiro, mais alinhado com sua essência.

  • Pratique o silêncio e a introspecção. A meditação, o reiki, o ho'oponopono e as sessões de terapia são aliados poderosos durante o processo da individuação.

  • Cuide do corpo energético. Trabalhe o segundo chakra com práticas como dança, respiração consciente e terapias vibracionais.

Os florais de Bach podem ser grandes aliados nesse processo de cura. Para traumas profundos e perdas, recomendo:

  • Star of Bethlehem: para choque e trauma emocional.

  • Walnut: para transições e proteção contra influências externas.

  • Sweet Chestnut: para momentos de desespero extremo, quando tudo parece perdido.

  • Crab Apple: para purificação e aceitação de si mesmo.

  • Larch: para restaurar a autoconfiança após a queda.

A Torre não é o fim, é só o começo da mudança! É o início de uma nova jornada, mais verdadeira, mais livre. O raio que a destrói é o mesmo que ilumina. E dos escombros, nasce a possibilidade de reconstruir uma vida com base na autenticidade, na consciência e no amor próprio. Que você tenha coragem de atravessar a tempestade e sabedoria para renascer das cinzas. Na sequência do tarô, o arcano XVII- A Estrela, nua, despojada das máscaras sociais, mas com esperança de dias melhores.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

JUNG, Carl Gustav. O Homem e Seus Símbolos. Tradução de Maria Lúcia Pinho. Nova Fronteira, Rio de Janeiro: Brasil, 2008. 

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

07- O CARRO: EMPUNHE AS RÉDEAS DO SEU DESTINO

 Por: Randler Michel 


No vibrante universo do Tarô, emerge a figura imponente do Arcano VII: O Carro. Um auriga resoluto, ereto em sua carruagem, personifica a força de vontade, o controle e a inabalável jornada rumo à vitória. A imagem evoca movimento, ambição e a maestria necessária para guiar forças, por vezes conflitantes, em direção a um objetivo claro. Os cavalos, frequentemente representados em cores contrastantes, simbolizam os impulsos internos e externos que precisam ser dominados e direcionados com firmeza. A própria presença do auriga, com sua postura confiante, irradia a mensagem de que o sucesso não é um mero acaso, mas o resultado de uma condução consciente e determinada.

Assim como o auriga da antiguidade clássica empunhava as rédeas de sua biga, controlando com destreza os poderosos animais que a impulsionavam nas arenas, cada indivíduo possui a capacidade de conduzir a própria vida. O auriga, o cocheiro, não era apenas um piloto; era um estrategista, um mestre na arte de coordenar energia e intenção para cruzar a linha de chegada. Ele conhecia a força de seus cavalos, os desafios do percurso e a importância de manter o foco em meio ao clamor da multidão. Correspondências astrológicas: Lua em Áries, Sol em Áries, Trânsito de Marte em Áries, Marte na casa I, Marte em trânsito conjunção com Sol , Plutão natal. Marte em trânsito oposição a Plutão natal.

Lições de Coaching de O Carro para a Sua Jornada

A metáfora do Arcano O Carro ressoa profundamente no contexto do desenvolvimento pessoal e da busca por objetivos. Para ser o auriga da sua própria vida, você precisa:

 * Ter a Direção Certa: Assim como o auriga sabe seu destino na corrida, você precisa ter clareza sobre seus objetivos. Defina metas SMART (Específicas, Mensuráveis, Alcançáveis, Relevantes e com Prazo definido). Onde você quer chegar? O que é o seu sucesso?

 * Dominar Seus Impulsos: O auriga não luta contra os cavalos, ele os guia. Identifique suas próprias forças (talentos, habilidades) e suas fraquezas (procrastinação, falta de foco). Alinhe-as para que trabalhem a seu favor, não contra você.

 * Desenvolver Autodisciplina: A armadura do auriga representa sua preparação e foco. Para atingir seus objetivos, você precisa de disciplina e autocontrole. Crie um plano de ação, gerencie seu tempo e elimine as distrações que impedem seu progresso.

 * Confiar na sua Jornada: O auriga demonstra confiança inabalável em sua capacidade. Acredite em si mesmo e celebre as pequenas vitórias ao longo do caminho. Essa autoconfiança é a força motriz que o manterá no curso, transformando obstáculos em oportunidades.

O Carro nos convida a sermos os aurigas de nossas próprias vidas, construindo ativamente o caminho para o sucesso com foco, controle e inabalável autoconfiança.


terça-feira, 19 de agosto de 2025

CICLOS CÓSMICOS,TRÂNSITOS PLANETÁRIOS E OS SETÊNIOS.

 

 Por:  Randler Michel


A vida humana pode ser vista como uma espiral de evolução dividida em ciclos de sete anos — os setênios. Cada ciclo corresponde ao despertar de um dos sete chakras principais, e é influenciado por trânsitos planetários que atuam como catalisadores do desenvolvimento. Os aspectos astrológicos — como conjunções, quadraturas, oposições e retornos — marcam momentos de crise, expansão de consciência ou integração.

0–7 anos: Raiz e Encarnamento

  • Chakra: Muladhara (Raiz)

  • Trânsito dominante: 🌙 Lua — conjunções com planetas pessoais moldam o campo emocional

    • Aspectos marcantes: Conjunções com Sol ou Ascendente indicam forte vínculo materno; quadraturas podem gerar insegurança emocional.

    • Energia: Formação do corpo físico, vínculo com a Terra, segurança e sobrevivência.

7–14 anos: Sacral e Emoções

  • Chakra: Svadhisthana (Sacral)

  • Trânsito dominante:Mercúrio — ativa a mente concreta e a comunicação

    • Aspectos marcantes: Conjunções com Mercúrio natal favorecem aprendizado; quadraturas indicam conflitos na expressão.

    • Energia: Desenvolvimento emocional, prazer, criatividade.

14–21 anos: Plexo Solar e Poder Pessoal

  • Chakra: Manipura (Plexo Solar)

  • Trânsitos dominantes:Vênus e ♂ Marte

    • Aspectos marcantes: Conjunções com Marte natal despertam ação e libido; oposições indicam conflitos entre desejo e realidade.

    • Energia: Afirmação do ego, sexualidade, busca por identidade.

21–28 anos: Cardíaco e Amor Universal

  • Chakra: Anahata (Cardíaco)

  • Trânsito dominante:Saturno — Retorno de Saturno (28–30 anos)

    • Aspectos marcantes:

      • Conjunção: Saturno retorna à posição natal, exigindo maturidade e estrutura.

      • Quadratura (21 anos): Crise de identidade e responsabilidade.

      • Oposição (14 anos): Conflito entre liberdade e dever.

    • Energia: Amor, empatia, relacionamentos profundos.

28–35 anos: Laríngeo e Expressão

  • Chakra: Vishuddha (Laríngeo)

  • Trânsito dominante:Júpiter

    • Aspectos marcantes:

      • Conjunção com Júpiter natal (~34 anos): Expansão de propósito e sabedoria.

      • Quadratura (~30 anos): Excesso, arrogância ou crise de fé.

    • Energia: Comunicação autêntica, expressão da verdade interior.

35–42 anos: Frontal e Intuição

  • Chakra: Ajna (Terceiro Olho)

  • Trânsito dominante:Quíron

    • Aspectos marcantes:

      • Oposição (~37 anos): Enfrentamento de feridas profundas.

      • Conjunção com Quíron natal (~50 anos): Cura e integração.

    • Energia: Desenvolvimento da visão interior, intuição.

42–49 anos: Coronário e Transcendência

  • Chakra: Sahasrara (Coronário)

  • Trânsito dominante:Urano — Oposição de Urano (~42 anos)

    • Aspectos marcantes:

      • Oposição: Desejo de liberdade, ruptura com padrões.

      • Quadratura (~21 anos): Rebeldia e inovação.

    • Energia: Conexão espiritual, transcendência.

49–56 anos: Integração e Serviço

  • Trânsito dominante:Netuno — Quadratura de Netuno (~54 anos)

    • Aspectos marcantes:

      • Quadratura: Crise de fé, dissolução de ilusões.

      • Conjunção com Netuno natal (~84 anos): União com o todo.

    • Energia: Serviço ao coletivo, compaixão, desapego.

56–63 anos: Sabedoria e Mestria

  • Trânsito dominante:Plutão — Oposição de Plutão (~63 anos)

    • Aspectos marcantes:

      • Oposição: Transformações profundas, enfrentamento da sombra.

      • Quadratura (~38 anos): Crises existenciais.

    • Energia: Maturidade espiritual, renascimento.

63–70 anos: Contemplação e Paz

  • Trânsito dominante:Segundo Retorno de Saturno (~58–60 anos)

    • Aspectos marcantes:

      • Conjunção: Revisão de vida, aceitação, sabedoria.

      • Oposição (~44 anos): Conflito entre legado e liberdade.

    • Energia: Retiro interior, contemplação.

70–77 anos: Transcendência e Unidade

  • Trânsito dominante:Urano — Quadratura final (~63–65 anos)

    • Aspectos marcantes:

      • Quadratura: Libertação final, desapego das formas.

      • Conjunção (~84 anos): União com o espírito livre.

    • Energia: Dissolução do ego, espiritualidade elevada.

77–84 anos: Eternidade e Consciência Cósmica

  • Trânsitos dominantes:Netuno e ♇ Plutão

    • Aspectos marcantes:

      • Conjunções com Netuno e Plutão natal: Dissolução completa do ego, conexão com o eterno.

    • Energia: Preparação para o retorno à fonte, sabedoria universal.

 

📚 Referências Bibliográficas

  1. Judith, Anodea. Rodas da Vida: Os Chakras como Caminho para o Despertar Interior. Editora Pensamento, 2004.

  2. Steiner, Rudolf. A Educação da Criança segundo a Ciência Espiritual. Editora Antroposófica, 2001.

  3. Arroyo, Stephen. Astrologia, Psicologia e os Quatro Elementos. Editora Pensamento, 1992.

  4. Sasportas, Howard. Os Deuses do Olimpo: Os Planetas e os Arquétipos da Alma. Editora Pensamento, 2000.

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

ENTRE OS VÉUS DO TARÔ: A CONEXÃO ENTRE OS ARCANOS E AS LEIS DE HERMES

Por: Randler Michel

 

As Leis de Hermes Trismegisto, codificadas no livro "O Caibalion", e os Arcanos Maiores do Tarô são sistemas simbólicos profundamente interligados, ambos oferecendo chaves para a compreensão do universo e da jornada humana. As sete Leis Herméticas podem ser vistas como princípios universais que operam em todos os planos da existência, enquanto os Arcanos Maiores representam estágios arquetípicos dessa jornada e manifestações desses princípios.


1. O Princípio do Mentalismo:


“O TODO é MENTE; o Universo é Mental.”
Tudo o que existe é uma manifestação do pensamento do Todo. Nossa realidade é criada por nossa mente.
 * Arcanos Correspondentes:
   * O Mago (I): Representa a mente ativa, a capacidade de manifestar pensamentos em realidade. Ele tem todas as ferramentas à sua disposição, simbolizando o poder da vontade e da concentração mental.
   * O Louco (0/XXII): Em seu aspecto de potencial puro e mente aberta, o Louco está no início da jornada, com a mente livre para criar qualquer coisa. Ele representa o espírito que se aventura no desconhecimento, impulsionado por um impulso mental original.


2. O Princípio da Correspondência:

 
“O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima.”
Existe uma harmonia e analogia entre os diferentes planos da existência (macrocosmo e microcosmo).

 * Arcanos Correspondentes:

* A Sacerdotisa (II): Representa o véu entre o consciente e o inconsciente, o visível e o invisível. Ela contém o conhecimento das leis ocultas que conectam os diferentes planos.
   * O Hierofante (V): Como ponte entre o divino e o humano, ele ensina as verdades universais e as leis que regem o cosmos e a sociedade, mostrando a correspondência entre o espiritual e o material.


3. O Princípio da Vibração:


“Nada está parado; tudo se move; tudo vibra.”
Tudo no universo está em constante movimento e vibração, desde a menor partícula até os maiores corpos celestes.
 * Arcanos Correspondentes:
   * A Roda da Fortuna (X): Simboliza os ciclos, o movimento constante da vida, as ascensões e quedas, a impermanência e a vibração inerente a todas as coisas.
   * O Carro (VII): Representa o movimento, o progresso e a direção. O condutor do Carro controla as forças opostas para avançar, mostrando a maestria sobre as vibrações e energias.


4. O Princípio da Polaridade:

 
“Tudo é Duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados.”
Tudo possui dois polos, dois aspectos opostos, mas complementares.
 * Arcanos Correspondentes:
   * Os Enamorados (VI): Simboliza a escolha entre dois caminhos, a dualidade e a necessidade de reconciliar opostos para tomar uma decisão harmoniosa.
   * A Justiça (VIII): Busca o equilíbrio entre os opostos, a verdade e a equidade, ponderando os dois lados de uma questão para alcançar a harmonia.


5. O Princípio do Ritmo:

 
“Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação.”
Tudo flui e reflui, existem ciclos de ascensão e queda.
 * Arcanos Correspondentes:
   * A Força (XI): Representa o controle das paixões e instintos, a capacidade de domar o "animal" interior, gerenciando a energia e o ritmo da própria natureza.
   * O Enforcado (XII): Sugere um período de suspensão e sacrifício, invertendo a perspectiva. É um momento de pausa no ritmo normal para obter uma nova compreensão, preparando-se para um novo ciclo.


6. O Princípio de Causa e Efeito:

 
“Toda a Causa tem seu Efeito, todo Efeito tem sua Causa; tudo acontece de acordo com a Lei; o Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida; há muitos planos de causalidade, porém nada escapa à Lei.”

Nada acontece por acaso; toda ação tem uma reação correspondente.
 * Arcanos Correspondentes:
   * O Diabo (XV): Embora muitas vezes interpretado negativamente, ele representa as correntes que nos prendem (sejam vícios, apegos materiais, ilusões), que são resultados de nossas próprias causas e escolhas. Também mostra o poder de desatar essas amarras.
   * A Torre (XVI): O colapso da Torre é um efeito dramático de causas subjacentes (estruturas falsas, arrogância). Ela simboliza a ruptura necessária para a libertação das causas negativas.
   * O Julgamento (XX): Representa o despertar para as consequências das ações passadas, um chamado para o renascimento e a avaliação do que foi feito, antes de iniciar um novo ciclo.


7. O Princípio do Gênero:

 
“O Gênero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o seu princípio feminino; o gênero se manifesta em todos os planos.”
Em tudo há aspectos masculinos (ativo, doador) e femininos (receptivo, criativo), que interagem para gerar e criar.
 * Arcanos Correspondentes:
   * A Imperatriz (III): O princípio feminino da criação, fertilidade, abundância e nutrição.
   * O Imperador (IV): O princípio masculino da estrutura, ordem, autoridade e concretização.
   * A Estrela (XVII): Representa a harmonia entre o dar e o receber, a intuição e a inspiração, fluindo livremente entre o terreno e o celestial, simbolizando a união dos princípios criativos.
   * O Sol (XIX): A manifestação da vida, da vitalidade e da alegria, que surge da união harmoniosa dos princípios masculino e feminino.
   * O Mundo (XXI): Representa a conclusão e a totalidade, a integração de todos os aspectos (masculino e feminino, espiritual e material) para alcançar a plenitude.
A beleza dessa correlação está na maneira como os Arcanos Maiores, através de suas narrativas visuais e simbólicas, ilustram e personificam as verdades universais expressas pelas Leis Herméticas. Estudar essa conexão aprofunda a compreensão tanto do Tarô quanto dos princípios herméticos, revelando um mapa para a jornada de autoconhecimento e evolução.


Referências: 

Atkinson,William Walker. O Caibalion: edição definitiva e comentada/ um estudo da filosofia hermética. São Paulo, SP. Pensamento,2018.