sábado, 26 de abril de 2025

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL X VAZIO EXISTENCIAL

 

Por: Randler Michel

 
O século XXI, marcado por avanços tecnológicos, robótica,  a inteligência
artificial e uma conectividade sem precedentes, trouxe consigo uma contradição alarmante: apesar de estarmos mais conectados digitalmente, nunca estivemos tão desconectados emocionalmente. A ilusão de pertencimento proporcionada pelas redes sociais tem sido um alento temporário para uma angústia mais profunda—o vazio existencial.

 Carl Gustav Jung, renomado médico psiquiatra e psicanalista suíço, já alertava sobre os riscos de uma vida desconectada da essência humana. Para ele, a individuação, processo de encontro com o verdadeiro eu, é essencial para a saúde mental. Em sua obra Memórias, Sonhos e Reflexões, Jung afirma: "A solidão não significa estar só, mas estar pleno de si mesmo". No entanto, a sociedade moderna caminha na direção oposta, priorizando a imagem digital e abandonando a profundidade das relações interpessoais e a conexão com a natureza. Esse descompasso tem alimentado a ansiedade e a depressão, apontadas por especialistas como os males do século.

O afastamento do convívio social e o declínio das relações pessoais têm impactos severos na construção da identidade e no bem-estar emocional. A amizade, um dos pilares fundamentais da vida, tem sido substituída por interações superficiais e imediatistas. A ausência de conexão genuína abre espaço para o sentimento de solidão, que pode desencadear sintomas depressivos.   

A praça está deserta, o homem moderno não tem tempo para sentar no banco e contemplar a beleza da florada do Ipê Roxo, e tão pouco admirar a manhã e ouvir o canto dos pássaros.

A essa realidade somam-se as pressões do mundo corporativo, onde a competitividade desenfreada e as relações de trabalho tóxicas contribuem para o desgaste mental dos indivíduos. A cultura do excesso de produtividade, muitas vezes impulsionada por ambientes de trabalho estressantes, reforça a exaustão e prejudica a saúde emocional. Para preservar o equilíbrio, é essencial estabelecer limites claros, praticar o autocuidado e reconhecer sinais de sobrecarga. Jung destaca em Tipos Psicológicos: "O homem saudável é aquele que consegue equilibrar sua vida interior com as exigências do mundo exterior".

Lidar com colegas tóxicos também exige resiliência e estratégias assertivas. Manter distância emocional, evitar envolvimento em conflitos desnecessários e buscar apoio de pessoas confiáveis são medidas fundamentais para não se deixar levar por dinâmicas prejudiciais. Além disso, desenvolver habilidades de comunicação eficazes e aprender a dizer "não" quando necessário fortalece a autonomia e protege a saúde mental.

Para combater essa alienação moderna, o retorno às atividades em grupo e terapias coletivas pode oferecer um caminho de resgate da essência humana. Dinâmicas de grupo têm mostrado benefícios significativos na promoção da empatia e do pertencimento. Além disso, o contato com a natureza e a prática da meditação criativa possibilitam um reencontro com o mundo interior, reduzindo o ruído mental e restabelecendo o equilíbrio emocional.

Assim, enquanto o mundo digital cresce e se expande, cabe ao indivíduo buscar formas de preservar sua humanidade. A solução para o vazio existencial não está em mais curtidas ou seguidores, mas na redescoberta do significado da vida por meio da conexão real com os outros e consigo mesmo, aliada à valorização do bem-estar no ambiente de trabalho. Afinal, a saúde mental deve ser uma prioridade, e cada indivíduo tem o poder de proteger sua própria essência em meio às adversidades do mundo moderno.

Referências Bibliográficas

  • Jung, C. G. (1961). Memórias, Sonhos e Reflexões. Editora Vozes.

  • Jung, C. G. (1921). Tipos Psicológicos. Editora Vozes.

  • Jung, C. G. (1958-1981). Obras Completas de C. G. Jung. Editora Walter Verlag.

segunda-feira, 14 de abril de 2025

RELAXAMENTO INTEGRADO " CONTROLE DA RESPIRAÇÃO, VISUALIZAÇÃO E HO'OPONOPONO"

 


  1. Prepare o Ambiente: Siga os passos iniciais da técnica de respiração:

  2. Encontre um Lugar Tranquilo: Escolha um local onde você não será interrompido, confortável e calmo.

  3. Postura Confortável: Sente-se com a coluna ereta, mas relaxada. Pode ser em uma cadeira, no chão ou em uma almofada. Coloque as mãos sobre os joelhos ou nas coxas.

  4. Respiração Consciente: Feche os olhos suavemente e leve sua atenção para a respiração. Não tente controlá-la; apenas observe o fluxo natural de ar entrando e saindo pelo nariz.

  5. Escolha Sua "Âncora": Use a sensação da respiração no corpo como uma âncora. Pode ser o ar fresco na entrada do nariz, o movimento do peito ou o subir e descer do abdômen. Esta âncora será seu ponto de foco.

  6. Observe os Pensamentos: Quando pensamentos obsessivos surgirem, não os rejeite nem os alimente. Apenas observe-os como nuvens passando pelo céu, sem se envolver emocionalmente. Volte sua atenção gentilmente para sua âncora de respiração.

  7. Incorpore uma Palavra ou Mantra (Opcional): Se preferir, use um mantra como “calma” ou “solto”. Repita a palavra suavemente em sua mente em cada expiração.

  8. Duração e Consistência: Comece com 5 a 10 minutos por dia e aumente gradualmente o tempo conforme se sentir mais confortável

  9. Conecte-se ao Ho'oponopono: Após alguns minutos de foco na respiração, comece a repetir, mentalmente ou em voz baixa, as frases do Ho'oponopono:

    • Sinto muito

    • Me perdoe

    • Eu me amo

    • Sou grato

    Dica: Respire profundamente e mentalize cada frase. Por exemplo, inspire enquanto pensa "Sinto muito" e expire enquanto pensa "Me perdoe", e assim por diante.  Visualize a pessoa que necessita pedir o perdão, ou desculpar-se envolta numa chama de luz violeta ou rosa.

  10. Associe as Frases aos Pensamentos: Se pensamentos obsessivos surgirem, use as frases do Ho'oponopono para se reconectar. Trate esses pensamentos como uma oportunidade para expressar arrependimento, amor e gratidão. Isso cria uma sensação de liberação e cura.

  11. Visualização Opcional: Enquanto repete as frases, imagine um rio levando embora os pensamentos que te sobrecarregam, ou visualize seu coração irradiando luz rósea e amor.

  12. Finalize com Gratidão: Termine a meditação refletindo sobre algo pelo qual você é grato, conectando-se a sentimentos de amor e aceitação.

Esse método combina a clareza da meditação usando a visualização criativa,  concentrada com o poder transformador do Ho'oponopono para ajudar a aliviar a mente e desbloquear emoções. Experimente e veja como essas práticas se complementam!

REGISTRO DO ENCOTRO DE TERAPIAS INTEGRATIVAS

 


Agradeço profundamente a todos que tornaram possível a realização da Imersão na Terapia Floral e Práticas Integrativas Complementares em Saúde, encontros que ocorreram aos domingos entre os meses de março e abril de 2025. Promoção da saúde mental.

Nosso agradecimento especial vai para as empresas apoiadoras, cuja parceria foi fundamental: Florais das Gerais, de Itaúna /MG, e Florais de Saint Germain, de São Bernardo do Campo/SP. Também estendemos nossa gratidão à UNICESSUMAR, polo JMDE, pelo suporte por meio do curso de Graduação Tecnológica em Práticas Integrativas Complementares em Saúde e à Rotary Internacional  unidade  ambos de João Monlevade / MG e aos terapeutas :  Ademir Viana. FRC,  Juliana Viana, Vitor Coelho,  Lizi Barcelos e Geraldo ( Dada).

Esses encontros foram marcados por aprendizado, conexão e o fortalecimento do compromisso com a promoção da saúde através de práticas integrativas. Todos que participaram ou contribuíram, direta ou indiretamente, são parte essencial dessa jornada de transformação e cuidado. A nossa saúde mental é tudo que temos!! A Lei nº 14.831/2024, também conhecida como “nova lei de saúde mental”, e a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) estabelecem que as empresas devem promover a saúde mental dos trabalhadores.

Com imensa gratidão, Randler Michel Terapeuta e docente em Práticas Integrativas Complementares em Saúde.


 

domingo, 6 de abril de 2025

OS MISTÉRIOS DA MENTE E DA ESPIRITUALIDADE: CONEXÕES TEÓRICAS DA PSICANÁLISE, TEOSOFIA E KARDECISMO

Por: Randler Michel



Já pensou na possibilidade de que seus desejos, vontades, aspirações e talentos não sejam apenas fruto de impulsos inconscientes, como propôs Freud, o pai da psicanálise, mas também de experiências herdadas de vidas anteriores, registradas no corpo causal? E se esses registros, carregados de lições cármicas, forem continuamente influenciados por mentores espirituais, que, do plano astral guiam nossas escolhas e ações através das diferentes camadas de consciência dos nossos corpos astral e mental? Nesta visão transdisciplinar e integrada proponho um convite a reflexão:  explorar não apenas a mente do ponto de vista psicanalítico, também os complexos sistemas energéticos vibracionais e espirituais que moldam nossas vidas.

Freud na sua segunda tópica  do aparelho psíquico nos apresentou o id, ego e superego como forças fundamentais que governam nossos comportamentos.

O id é a camada mais primitiva e instintiva da mente. Ele funciona de forma inconsciente e está relacionado às nossas pulsões básicas, como fome, sede, sexo e agressividade. O id opera sob o princípio do prazer, buscando satisfação imediata dos nossos desejos e pulsões sem considerar regras sociais ou suas consequências.

O ego atua como mediador entre os desejos do id, as exigências do superego e a realidade. Ele opera de forma consciente e racional, baseado no princípio da realidade. A função do ego é equilibrar os impulsos instintivos do id com as regras e normas sociais, garantindo a adaptação ao mundo externo.

O superego é a instância moral da mente, formada pelos valores e normas internalizados durante a infância, como consequência da influência dos pais, religião e da sociedade. Ele representa a nossa consciência, julgando ações e pensamentos, e impondo sentimentos de culpa ou orgulho.

Recorrendo a transdisciplinaridade o id, relacionado aos impulsos instintivos, encontra ecos no corpo astral, onde emoções e desejos intensos ressoam. A teoria teosófica, entretanto, amplia esse entendimento ao considerar que os desejos não nascem apenas do inconsciente, mas também das energias acumuladas no corpo causal. Esse corpo, na visão teosófica, é o portador de registros cármicos que moldam os desafios e oportunidades que atraímos nesta e noutras vidas. O que percebemos como aspirações ou talentos inatos pode ser reflexo direto de aprendizados passados, armazenados e ativados pelo corpo causal.

A conexão com mentores espirituais, segundo a teosofia e o espiritismo kardecista, ocorre através do corpo astral e mental. O corpo astral, carregado de emoções e energias, funciona como ponte entre o plano físico e espiritual, enquanto o corpo mental organiza e traduz essas influências em pensamentos, inspirações e ideias conscientes. Os nossos mentores podem nos inspirar, intuir ou até mesmo proteger, mas também existem influências negativas, conhecidas como obsessões espirituais. Kardec descreveu como pensamentos obsessivos e interferências de espíritos desencarnados afetam os corpos sutis, gerando desequilíbrios emocionais e comportamentais. Nesse caso, o antídoto está no fortalecimento moral e a prática de valores espirituais são cruciais para restaurar o equilíbrio,  simbolizado pelo superego.

O corpo causal, como o mais elevado entre os corpos sutis humanos, não apenas registra nossos propósitos de vida, mas também serve como um imã energético, atraindo experiências necessárias para nossa evolução espiritual. As situações e desafios que enfrentamos não são meras coincidências, mas são cuidadosamente alinhados às vibrações do corpo causal, de acordo com a lei do karma. Nossa capacidade de interpretar esses eventos e responder a eles depende do alinhamento entre os corpos astral e mental, além do desenvolvimento da nossa conexão espiritual.

Integrar essas perspectivas – freudiana, teosófica e kardecista – permite uma compreensão mais profunda da complexa interação entre mente, energia e espiritualidade. Não somos apenas produtos de impulsos inconscientes ou influências externas, mas sim seres em constante processo de aprendizado e evolução, guiados por forças que transcendem o plano físico.

Referências Bibliográficas:

  • Freud, Sigmund. O Ego e o Id. Imago, 1923.

  • Besant, Annie. A Sabedoria Antiga. Ed. Pensamento, 2015.

  • Leadbeater, C. W. O Plano Astral. Ed. Teosófica, 1992.

  • Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. Ed. FEB, 1857.

  • Kardec, Allan. O Livro dos Médiuns. Ed. FEB, 1861.

sábado, 5 de abril de 2025

RELAXAMENTO COM HO'OPONOPONO

 


Técnica simples de relaxamento inspirada no Ho'oponopono:

  1. Encontre um espaço tranquilo: Sente-se ou deite-se confortavelmente em um lugar onde você não será interrompido.

  2. Respiração Profunda: Comece com respirações lentas e profundas, inspirando pelo nariz e expirando pela boca, sentindo o ar acalmar o corpo.

  3. Palavras do Ho'oponopono: Repita mentalmente ou em voz alta, de forma calma e com intenção, as quatro frases do Ho'oponopono:

    • Sinto muito

    • Me perdoe

    • Eu te amo

    • Sou grato(a) Concentre-se no significado dessas palavras e deixe que elas ressoem dentro de você.

  4. Visualização: Enquanto repete as frases, visualize uma luz suave envolvendo você, dissolvendo tensões e trazendo paz.

  5. Finalização: Após alguns minutos, termine com um agradecimento sincero por esse momento de autocuidado. Retorne devagar ao presente, sentindo-se renovado..